Existem 2 tipos de crentes: o crente que anda (vive) na alma, governado pela alma (e consequentemente na carne), e o crente que anda no Espírito (que vive sob o governo do Espírito).
Na Bíblia, muitas vezes podemos ver a palavra “coração” representando a nossa “alma”, como em Jeremias 17.9:
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?”
(em outra tradução, o significado está ainda mais claro):
“ENGANOSO é o coração, mais do que todas as coisas, e DESESPERADAMENTE CORRUPTO; quem o conhecerá?” (Jr 17.9 – RA)
Observe o contexto dessa passagem do versículo 5 até o 10, com algumas explicações entre parênteses:
Jeremias 17.5-10:
(17.5) Assim diz o SENHOR: Maldito (amaldiçoado é) o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! (amaldiçoado é o homem que confia mais em si do que no Senhor, que confia mais na força do próprio braço do que em Deus, e que afasta sua alma – suas vontades – de Deus)
(17.6) Porque (esse homem) será como o arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem; antes (ao invés disso), morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.
(17.7) Bendito (abençoado) o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR.
(17.8) Porque ele (esse homem) é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro (significa que essa árvore tem suas raízes – por debaixo da terra – voltadas em direção ao rio, e por isso essa árvore está sempre “bebendo água” sem ninguém ver, porque é debaixo da terra que ela está recebendo a humidade, ou seja, no secreto) e (esse homem, que é como essa árvore) não receia (não tem medo) quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão (no ano de seca), não se perturba (não se preocupa), nem deixa de dar fruto. (mesmo com a seca, que representa as circunstâncias difíceis, esse homem não deixa de prosperar em todas as áreas de sua vida, porque sua fonte de “água” está garantida, sua fonte não é visível, mas é real, e isso o sustenta mesmo no tempo da seca).
(17.9) Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? (enganosas são as vontades e os pensamentos do homem, eles são traiçoeiros, quem os verá e revelará?)
(17.10) Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração (sondo, vejo e analiso a alma e as vontades de cada um), eu provo (testo) os pensamentos; e isto (faço) para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações. (segundo o que cada um fizer, semear, ação e reação, a lei da semeadura).
Coração e alma são a mesma coisa, e, o que a Bíblia nos mostra é que a nossa alma não é confiável, ela é enganosa.
Seria “um pouco” enganosa? Não. A Bíblia nos mostra que a nossa alma é enganosa MAIS do que TODAS AS COISAS. Isso significa que a nossa alma é extremamente TRAIÇOEIRA, e por isso Deus diz “maldito o homem que confiar nela” (vers. 5).
É da nossa alma que fluem as nossas vontades, ou seja, as vontades “nascem” na alma. Então, quando Deus falou “enganosa é a alma…” consequentemente Deus estava nos dizendo: “enganosas são as vontades de vocês, elas são traiçoeiras! Não confiem nelas!”
Mas hoje (graças a Deus) sabemos que não somos mais obrigados a andar (viver) na alma (sob o governo dela), porque recebemos a oportunidade de andar no Espírito, com a ajuda dEle, através do batismo nEle, através dos dons dEle, da armadura espiritual que Ele nos fornece (Efésios 6.13).
Como saber se estamos andando (vivendo) no Espírito?
Como saber se o governo que está agindo sobre nós é o da nossa alma ou o do Espírito Santo?
Quando você anda no Espírito, você NÃO faz o que você quer (o que a tua vontade física, vontade instintiva, vontade emocional quer), apesar de “querer”, de sentir “vontades”, (quando você anda no Espírito) você não se deixa governar por elas, mas opera em você uma decisão de submeter as tuas vontades a Deus, opera em você um domínio próprio, e uma vontade MAIOR de crucificar a tua vontade (do que de realizá-la), opera em você uma decisão e uma vontade MAIOR de fazer a vontade de Deus. Porque? Simplesmente porque você sabe que a tua vontade não é confiável.
Quando você anda no Espírito você obedece a vontade de Deus.
Uma pessoa que só faz o que quer, NÃO ANDA SOB O GOVERNO DO ESPÍRITO, mas sob o governo da alma e da carne.
A vontade de Deus não é como a nossa (enganosa, perversa e corrupta – Jr 17.9), a vontade de Deus é PERFEITA, boa, e agradável para nós (Rm 12.2), por isso não devemos confiar em nossa vontade, mas devemos confiar somente na vontade de Deus, que sempre será MELHOR que a nossa.
Qual é o “segredo” para andarmos sempre no Espírito?
A maneira como eu fortaleço meu espírito (e enfraqueço as minhas vontades carnais) é através da prática da oração em línguas (e também do jejum), mas observe, não estou falando da oração em línguas na forma de interpretação (1 Cor.14.5), nem da oração em línguas na forma de “idiomas variados” (como descrita em Atos 2.6-8), estou falando de outra forma de oração em línguas (porque existem 4 formas diferentes de oração em línguas), estou falando da forma que está descrita em 1 Coríntios 14.4: a oração em línguas para a nossa edificação pessoal. Essa forma de oração em línguas é a que eu utilizo para fortalecer o meu espírito, ela é totalmente bíblica.
O próprio Apóstolo Paulo disse em 1 Coríntios 14.18 o seguinte:
“Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos.”
Ou seja, o Ap. Paulo orava muito em línguas! Porque? Porque ele sabia que essa era uma forma muito eficaz de fortalecimento espiritual.
Vamos ler o que o Ap. Paulo diz do verso 1 ao 4:
1 Coríntios 14. 1- 4 (com algumas explicações entre parênteses)
(14.1) Segui o amor e procurai, com zelo (com cuidado, com atenção), os dons espirituais (busque os dons espirituais), mas principalmente (busque) que profetizeis. (Esse dom é destacado pelo Apóstolo Paulo por ser um dos dons que mais edificam e fortalecem a toda a igreja).
(14.2) Pois quem fala em outra língua não fala a homens (não está falando pros homens entenderem, é um “idioma” incompreensível aos homens), senão a Deus (fala com Deus, é um “idioma” que só Deus entende), visto que ninguém o entende (ninguém entende nada que estamos falando quando estamos orando em línguas, pq? Porque na verdade, ela não é uma oração para a alma humana entender – a não ser que o Espírito dê a interpretação), e em espírito (a pessoa que está orando) fala mistérios. (a oração em línguas é uma oração EM ESPÍRITO – não “em ALMA” – onde a pessoa fala MISTÉRIOS. Aqui, mistérios, são as coisas ORADAS em espírito, coisas que ainda não nos foram reveladas, que não sabemos, coisas que o Espírito está intercedendo por nós, mas que não estão sendo reveladas a nossa alma/mente naquele momento, por isso essa oração é um mistério para nós).
(14.3) Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando. (mas quem profetiza fala em um idioma que todos entendem, idiomas que a nossa alma entende, como Português, Inglês, Espanhol, etc… trazendo edificação, encorajamento e consolo para toda a igreja, e não apenas para uma pessoa)
(14.4) O QUE FALA EM OUTRA LÍNGUA A SI MESMO SE EDIFICA, mas o que profetiza edifica a igreja. (edificar = construir = fundar = quem fala em outra língua a si mesmo “constrói”, firma, fortalece… mas quem profetiza, firma, constrói, fortalece a igreja toda, E NÃO APENAS A SI MESMO).
Perceba que nesta passagem (e nesse capítulo) o Ap. Paulo está falando da importância de falar (DENTRO DA IGREJA – no microfone, no púlpito) em um idioma que TODOS ENTENDAM, que edifique a todos, e não apenas em línguas. Nesse capítulo ele fala várias vezes que não adianta ficarmos orando em línguas pros outros (não é esse o propósito da oração em línguas) mas que (no caso do idioma do Brasil) quando nos dirigimos aos outros publicamente, devemos falar em PORTUGUÊS, pois assim todos nos entenderão, e serão edificados.
Porém, Paulo deixa “escapar” (no verso 4) o propósito da oração em línguas, para quê ela serve: para nossa edificação pessoal!
E no verso 18, ele DECLARA que era um grande praticante desse dom de edificação!
Não é maravilhoso isso?
A oração em línguas nos fortalece a ponto de fazer a nossa alma se submeter ao Espírito de Deus. A nossa alma (mente) não está capacitada para governar a nossa vida, ela está capacitada apenas para expressar sentimentos, emoções e vontades.
O nosso espírito humano foi criado para receber o Espírito Santo, e assim (através do batismo no Espírito Santo) Ele (o Espírito Santo) poder nos governar, governar SOBRE a nossa alma, sobre nossos pensamentos, sobre as nossas vontades.
E assim, quando o Espírito nos governa, na prática, no dia a dia, Ele nos ensinará TODAS as coisas:
João 14.26: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.”
Isso significa que, apesar das nossas vontades serem traiçoeiras, dos nossos pensamentos serem enganosos (Jr 17.9), e por causa disso não sabermos fazer as escolhas certas ou dirigir corretamente as nossas vidas, ELE (o Espírito Santo) nos GUIARÁ PELO CAMINHO DA VERDADE:
João 16.13: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.”
É por isso que você precisa receber o batismo do Espírito Santo, e começar a praticar a oração em línguas para a tua edificação pessoal. Sem a prática desse dom a armadura espiritual descrita por Paulo em Efésios 6 não está completa, ele diz assim:
Efésios 6.13-18: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; ORANDO EM TODO O TEMPO com toda a oração e súplica NO ESPÍRITO, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos…”
Orar NO ESPÍRITO não é orar com a mente, em pensamento, porque orar com a mente é orar com a ALMA. Orar NO Espírito é quando o próprio Espírito Santo ora (intercede) por nós, essa é a ÚNICA forma de orar NO ESPÍRITO = em línguas. Todas as outras formas de oração são com a alma (mente), por isso Paulo disse aos Romanos:
Romanos 8.26-27:
“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém (porque oramos segundo a nossa vontade = alma), mas o mesmo Espírito (Santo) intercede (ora) por nós sobremaneira (acima da nossa maneira), com gemidos inexprimíveis.”
“E aquele que sonda os corações (Aquele – Ele – que vê a nossa alma/mente) sabe qual é a mente do Espírito (Ele sabe o que Ele mesmo pensa e planejou para cada um de nós), porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede (ora) pelos santos. (por nós)”
Por isso, trazendo para a prática: ore em línguas, ore diariamente, ore enquanto você faz suas atividades em casa, ou enquanto estiver dirigindo, indo ao trabalho, andando de ônibus, caminhando pelas ruas… para isso, você não precisa orar em voz alta, chamar a atenção das pessoas ao redor, não, esse não é o propósito (lembra?), ore baixinho mesmo, pois essa oração é entre você e o Espírito de Deus! Para tua edificação pessoal!
Você pode escolher, pode decidir se entregar a Ele, ao governo dEle por quanto tempo você quiser (orando em línguas), e assim tua alma não conseguirá ser mais forte que o teu espírito! Ela terá que se sujeitar ao governo do Espírito!
Por quanto tempo você deseja que o Espirito Santo interceda por você?
O tempo todo?
Então ore em línguas em todo tempo (Ef 6.18), porque assim em todo tempo Ele estará intercedendo por você!
Esse é o meu “segredo”.
Que Deus te abençoe,
Pra. Sarah Sheeva
terça-feira, 26 de junho de 2012
Jo7: 1, 10, 25, 30 e 32
Um dia Judas, de maneira louca, decidiu que entregaria o Senhor aos judeus que queriam prendê-LO. Para alguém sem o entendimento de Deus na época, ao olhar esse fato e tudo que depois dele se transcorreu, poderia ver a situação como uma fatalidade na vida de Jesus. Porém não há fatalidade na vida dos servos do Senhor; daqueles que estão vivendo em Deus.
Fica claro dentro do entendimento Bíblico que o Senhor só foi preso pelos judeus que o perseguiam porque Ele decidiu se entregar. (Nosso Senhor vivia dentro da dimensão de um fruto do Espírito chamado "DOMÍNIO PRÓPRIO", veremos sobre isso logo à frente). Ele disse: ninguém tira minha vida. Jesus ensinou claramente que por livre e espontânea vontade se entregou; só por isso os judeus conseguiram seu intento. Graças a Deus por Seu amor e graça pois nessa entrega na cruz todo aquele que crê é salvo em Jesus Cristo, e pode andar como Ele andou. É interessante notar o fato de Judas precisar "trair ou entregar o Senhor" aos judeus a fim de que eles conseguissem pegá-LO. Jesus estava sempre em lugares públicos ministrando. Uma hora no templo, outra hora em uma sinagoga. As vezes num monte, na beira da praia, na casa de alguém. Ele sempre de certa forma estava acessível a todos, inclusive aos próprios judeus que queriam sua morte. Porque Judas procurou os Judeus que pretendiam matá-LO e propôs a eles uma negociação suja, a fim de conseguirem prendê-LO? Jesus disse que era para que se cumprisse a escritura, e também porque os judeus temiam o povo e procuravam prendê-Lo fora da vista do povo. Havia uma conspiração contra Jesus e Judas sabia disso. Mas porque o diabo entrou em Judas e o impeliu a uma condição daquela? Simples, o inimigo (em todas as suas dimensões) nunca sabia onde Ele estaria. Havia uma imprevisibilidade no caminhar do Senhor. Ele não tinha um programa revelado com o qual o inimigo podia trabalhar. Suas ordens vinham do céu, direto do coração do Pai. Jesus era guiado pelo Espírito Santo. Quando Herodes decidiu matá-LO, Ele simplesmente continuou fazendo o que estava fazendo e não se retirou de onde estava; com certeza Ele não teve essa testificação dentro de Si e permanceu onde estava sem se preocupar com o que o fariseus disseram com respeito a Herodes. Jesus vivia na imprevisibilidade para os homens; claro, imprevisibilidade em termos dos seus inimgos. Porém tudo muito claro em termos de Deus. Ele era guiado por Seu Pai. Ele disse certa vez: O Filho nada pode fazer de Si mesmo; senão somente aquilo que vir fazer o Pai. Muitas vezes, pela forma que alguns servem ao Senhor, fica mais facíl ao inimigo tentar pará-los. Tudo é muito previsível, muito revelado. Muito claro. Não há segredos deles com o Senhor. Havia um agir invisivel de Deus em Jesus que o deixava sempre um passo a frente de seus adversários. Quando eles o pegaram, "FOI PORQUE ELE DEIXOU". Se não fosse a hora, o plano de Judas e dos seus adversários simplesmente teria sido frustrado. É interessante como em Davi também vemos isso. Saul estava sempre um passo atrás de Davi e o Senhor sempre o livrava. Com Paulo foi a mesma coisa. Certa vez um grupo de judeus entrou em um voto de não comerem nada até que conseguíssem matar Paulo. Como o diabo tentou destruir Paulo! Tentaram matá-lo com esse voto, seu navio naufragou, uma víbora o picou. O fato é que o Senhor sempre tinha condições de livrá-lo.
Um dia Judas, de maneira louca, decidiu que entregaria o Senhor aos judeus que queriam prendê-LO. Para alguém sem o entendimento de Deus na época, ao olhar esse fato e tudo que depois dele se transcorreu, poderia ver a situação como uma fatalidade na vida de Jesus. Porém não há fatalidade na vida dos servos do Senhor; daqueles que estão vivendo em Deus.
Fica claro dentro do entendimento Bíblico que o Senhor só foi preso pelos judeus que o perseguiam porque Ele decidiu se entregar. (Nosso Senhor vivia dentro da dimensão de um fruto do Espírito chamado "DOMÍNIO PRÓPRIO", veremos sobre isso logo à frente). Ele disse: ninguém tira minha vida. Jesus ensinou claramente que por livre e espontânea vontade se entregou; só por isso os judeus conseguiram seu intento. Graças a Deus por Seu amor e graça pois nessa entrega na cruz todo aquele que crê é salvo em Jesus Cristo, e pode andar como Ele andou. É interessante notar o fato de Judas precisar "trair ou entregar o Senhor" aos judeus a fim de que eles conseguissem pegá-LO. Jesus estava sempre em lugares públicos ministrando. Uma hora no templo, outra hora em uma sinagoga. As vezes num monte, na beira da praia, na casa de alguém. Ele sempre de certa forma estava acessível a todos, inclusive aos próprios judeus que queriam sua morte. Porque Judas procurou os Judeus que pretendiam matá-LO e propôs a eles uma negociação suja, a fim de conseguirem prendê-LO? Jesus disse que era para que se cumprisse a escritura, e também porque os judeus temiam o povo e procuravam prendê-Lo fora da vista do povo. Havia uma conspiração contra Jesus e Judas sabia disso. Mas porque o diabo entrou em Judas e o impeliu a uma condição daquela? Simples, o inimigo (em todas as suas dimensões) nunca sabia onde Ele estaria. Havia uma imprevisibilidade no caminhar do Senhor. Ele não tinha um programa revelado com o qual o inimigo podia trabalhar. Suas ordens vinham do céu, direto do coração do Pai. Jesus era guiado pelo Espírito Santo. Quando Herodes decidiu matá-LO, Ele simplesmente continuou fazendo o que estava fazendo e não se retirou de onde estava; com certeza Ele não teve essa testificação dentro de Si e permanceu onde estava sem se preocupar com o que o fariseus disseram com respeito a Herodes. Jesus vivia na imprevisibilidade para os homens; claro, imprevisibilidade em termos dos seus inimgos. Porém tudo muito claro em termos de Deus. Ele era guiado por Seu Pai. Ele disse certa vez: O Filho nada pode fazer de Si mesmo; senão somente aquilo que vir fazer o Pai. Muitas vezes, pela forma que alguns servem ao Senhor, fica mais facíl ao inimigo tentar pará-los. Tudo é muito previsível, muito revelado. Muito claro. Não há segredos deles com o Senhor. Havia um agir invisivel de Deus em Jesus que o deixava sempre um passo a frente de seus adversários. Quando eles o pegaram, "FOI PORQUE ELE DEIXOU". Se não fosse a hora, o plano de Judas e dos seus adversários simplesmente teria sido frustrado. É interessante como em Davi também vemos isso. Saul estava sempre um passo atrás de Davi e o Senhor sempre o livrava. Com Paulo foi a mesma coisa. Certa vez um grupo de judeus entrou em um voto de não comerem nada até que conseguíssem matar Paulo. Como o diabo tentou destruir Paulo! Tentaram matá-lo com esse voto, seu navio naufragou, uma víbora o picou. O fato é que o Senhor sempre tinha condições de livrá-lo.
Se vivermos e andarmos no Espírito, por mais que o diabo nos ataque e tente nos tirar da rota. Por mais que as portas do inferno tentem prevalecer, estaremos sempre um passo a frente do inimigo, pois quem conheceu a mente do Senhor que o possa instruir, nós porém temos a MENTE DE CRISTO (1Co2: 16). Se estivermos atentos à ministração do Espírito, dentro de nós e seguirmos em fé a essa ministração, sairemos ilesos todas as vezes. Por isso o orar em línguas é tão importante. Quanto mais oramos em outras línguas, mais conhecemos a mente do Senhor e mais podemos dar passos firmes em fé que nos colocarão fora da vista da serpente (Ap12: 14). Em Judas se diz nos versos vinte e vinte e um: "Vós porém amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo, GUARDAI-VOS NO AMOR DE DEUS". Através da oração em línguas e da meditação da Palavra, podemos ser ministrados por dentro, dentro da Verdade de Deus e assim optarmos pela Palavra; isso nos manterá fora do alcance do inimigo. Paulo disse no fim de sua vida: Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Em Romanos oito verso um está escrito: Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Como podemos estar dentro de um ambiente hostil e mesmo assim vivermos livres? Como poderemos estar sob constante ataques e não sermos atingidos? A chave está no entendimento que podemos receber do Senhor e viver segundo ele. É a sabedoria do Senhor que permitimos ativar o nosso comportamento. Por viver cem por cento no Espírito, Jesus nunca era apanhado pelo inimigo. O diabo nunca conseguiu pará-lo em nada. Paulo diz-nos em segunda Coríntios quatro verso dezesseis a dezessete:Por isso não desfalecemos: mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.
O que podemos ver no momento do ataque? O que podemos perceber quando estamos debaixo de um ataque em termos naturais? As hostilidades do inferno. Os sinais da mentira. Circunstâncias temporais. E o que não vemos? O que não vemos é a ministração do Espírito no íntimo. Ela é invisivel mas real. A ministração do Espírio no íntimo do nosso coração é invisível a olho nu, porém real aos olhos do coração. É uma realidade presente em nós que só pode ser acessada pela fé. Jesus disse em João cinco verso dezenove: "Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz".
A conexão com o coração do Pai na batalha espiritual é o recurso mais importante a fim de nunca sermos parados pelo inimigo. O caminho que o Senhor nos propõe no espírito é um caminho invisível aos olhos do diabo. Diz-nos o Senhor em Apocalipse doze que a mulher ao ser perseguida pelo dragão recebeu as asas da Grande Águia e vôou para o deserto, FORA DA VISTA DA SERPENTE. O mesmo João nos diz em sua primeira carta: quem é nascido de Deus O guarda e o maligno NÃO LHE TOCA. Os fariseus quando quiseram matar Jesus não sabiam onde Ele estaria. Não havia um programa humano funcionando Nele. Jesus não se movia por métodos e regras, Ele se movia no Espírito. O amor do Pai operante Nele era Sua grande força motriz. Com o amor com o qual o Pai O amava, Ele amava os outros. Como Ele era amado, Ele amava. Jesus vivia o céu e na terra e esse modo de relacionamento em Deus o separava de qualquer possibilidade de ser atingido pelo inimigo. Ele era guardado pelo poder de Deus. Como está escrito em primeira Pedro um verso cinco: sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.
Como satanás e os homens tentaram parar o caminhar do Senhor nessa terra. Se formos analisar à luz da Palavra, veremos como o diabo e os homens tentaram impedir a obra do Messias na terra. Porém, todos seus intentos foram frustrados. Se observarmos a Palavra veremos como pelo menos uma vez no Antigo Testamento (No tempo de Ester) tentaram destruir Israel COMPLETAMENTE. Várias vezes no Novo Testamento houve um ataque para morte na vida do nosso Senhor (Porém Ele não morreu antes de Seu tempo). Quando Ele nasceu Herodes tentou matá-lo, porém o Pai o guardou sobrenaturalmente através da obediencia de José; no início de Seu ministério quando trouxe uma exortação em uma sinagoga, os homens O levaram até o topo de uma colina a fim de atirá-LO precipício abaixo; Está escrito em Lucas quatro verso trinta: "Mas Jesus passou por entre eles e retirou-se". Creio que houve ali também o sobrenatural de Deus. Não sei se Ele se tornou invisivel, ou se passou pelo meio da materia dos corpos das pessoas ali; nao sei, o fato é que eles não puderam fazer nada com Jesus ali. Durante toda a vida de Jesus situações adversas se seguiram. Quando certa vez dormia num barco veio sobre eles uma forte tempestade de vento e quase o barco foi a pique. Ele em fé ordenou ao vento que se acalmasse e foi o que se deu. Uma vez os fariseus vieram ao Senhor e lhe diseram: Vai-te daqui porque Herodes quer matar-te. Ele, porém, lhes respondeu: Ide dizer a essa raposa que, hoje e amanhã, expulso demônios e curo enfermos e, no terceiro dia, terminarei. Depois de um determinado tempo em Sua caminhada na terra, havia sempre uma conspiração contra a vida do Senhor. O fato é que nada aconteceu antes do tempo. Jesus viveu exatamente no tempo de Deus em cada etapa de Sua Vida. Que interessante, em uma vez o Pai o livra pela obediencia de José, outra vez nosso Senhor passa por entre a multidão; no barco, no meio de uma tempestade Ele exerce fé e faz o vento se acalmar. Aqui, no caso de Herodes, Ele simplesmente não faz nada e continua fazendo o que já estava fazendo, e ainda manda um recado para Herodes. Jesus, além de não parar o que estava fazendo, ainda ficou ali por três dias, depois da ameça. Vivendo segundo o Espírito, Deus nos faz intocáveis.
Pr. Eber Rodrigues
O benefício de se orar em outras línguas - por Luciano Subirá
Coisa alguma que Deus nos dá é sem valor. Nada, absolutamente nada que o Pai tem nos oferecido é em vão; tudo tem proveito e utilidade. Em sua grandiosa graça, Ele nos concede suas dádivas com a finalidade de extrairmos os benefícios.
O falar em línguas não é coisa sem importância. Ele foi dado para o nosso bem, para a nossa edificação. Nesta prática há benefícios que transformam nossas vidas.
A maioria dos crentes que já foram batizados no Espírito Santo e passaram a falar em línguas, ainda não compreendeu o que receberam de Deus. Os conceitos são diversos, mas a grande maioria não vê um propósito no uso contínuo da linguagem sobrenatural de oração do Espírito Santo.
Se quem fala em línguas já não vê um motivo claro para isto, o que esperar daqueles que ainda não falam? Mas quando a igreja começar a enxergar o sublime propósito desta dádiva de Deus, haverá um anseio maior pela manifestação do falar em línguas.
Já é tempo de compreendermos que mediante o uso das línguas podemos enriquecer nossa vida espiritual, edificando-nos a nós mesmos. Há bênçãos e vantagens a serem desfrutadas no uso desta prática. E sei que o apóstolo Paulo não pensava de forma diferente, pois chegou a ponto de declarar: "dou graças ao meu Deus, que falo em línguas mais do que todos vós" (I Co.14:18).
Caso não houvesse proveito algum nas línguas, será que Paulo agradeceria a Deus por isso? Você acha ainda que ele as usaria tanto, como ele enfatiza ao dizer que o fazia mais do que todos os coríntios? E olhe que os corintos falavam mesmo em línguas! Havia um uso intenso nesta igreja, que chegou até mesmo a transformar-se em abuso, que foi um dos motivos que fez com que o apóstolo escrevesse corrigindo-lhes.
Note que ele não disse que falava em línguas mais do que eles no sentido de diversidade, mas a ênfase recai no valor da prática, o que claramente aponta para a quantia de tempo que ele investia nesta atividade. E por que agradecer a Deus por gastar tanto tempo falando em línguas? Está implícito que Paulo descobrira "uma mina de ouro", uma fonte de poder e edificação! Como ele mesmo afirmou:
"O que fala em línguas, edifica-se a si mesmo..." I Coríntios 14:4.
O falar em línguas é um instrumento de edificação. Edificar é construir, fazer crescer, levantar algo. Do ponto de vista espiritual edificação significa crescimento; fala construir algo mais sobre o alicerce da fé em Jesus. O falar em línguas acrescenta em nós, de forma paulatina, tudo o que necessitamos para o nosso andar em Deus.
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
Ao falar da linguagem sobrenatural de oração do Espírito Santo, é preciso que fique bem claro que há "uma sociedade" nesta manifestação. O Espírito Santo não fala em línguas, somos nós que o fazemos; mas por outro lado, não falamos de nós mesmos, somente o que o Espírito do Senhor nos inspira a falar. Se uma das partes desta sociedade faltar, não haverá a manifestação.
Partindo, portanto, deste princípio, tenhamos em mente o momento em que esta manifestação inicia nas nossas vidas: quando recebemos o batismo no Espírito Santo. É exatamente neste momento, quando somos cheios do Espírito e encontramo-nos totalmente rendidos a Ele, sob sua plenitude, que passamos a falar em línguas.
Mas por que ao sermos cheios do Espírito falamos numa linguagem diferente? Qual o valor desta manifestação? Qual é a dimensão da edificação que se dá em nosso íntimo?
O falar em línguas faz parte do propósito de Deus para as nossas vidas. É a ferramenta que o Espírito Santo usa para trabalhar em cada um de nós de forma mais profunda.
O falar em línguas vai produzir em nossas vidas a totalidade do ministério do Espírito Santo. A linguagem sobrenatural de oração é uma ferramenta do Espírito de Deus para realizar em nós sua obra. E há um motivo especial porque o Espírito Santo toca justamente em nossa fala a partir do momento que vem sobre nós.
A fala é um ponto estratégico, e o Espírito Santo não toca exatamente nesta área em vão. Tiago falou sobre o poder da fala:
"Pois todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo.
Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, então conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também os navios que, embora tão grandes e levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro.
Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniquidade, colocada entre os nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno.
Pois toda a espécie tanto de feras, como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gênero humano; mas a língua, nenhum homem a pode domar. É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal." Tiago 3:2-8
A ciência tem descoberto em nossos dias o que há dois milênios atrás o Espírito Santo já havia revelado a seu povo: que o sistema nervoso da fala influencia todo o corpo. Mas além da influência natural, a Bíblia está mostrando que a fala tem também uma influência espiritual; mostrando que quem estará no controle será sempre Deus ou o diabo.
Qual a causa do Espírito Santo controlar justamente esta área tão estratégica de nossa vida ao encher-nos com seu poder? É porque através da fala Ele poderá ampliar seu domínio em nós, e trabalhar com maior eficácia na execução do seu ministério!
O Espírito Santo trabalha nos homens. Desde o Velho Testamento Ele faz isto (Gn.6:3). Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo.16:8). O Espírito Santo está trabalhando neste exato momento, nos quatro cantos da terra, mesmo naqueles que ainda não conhecem a Deus. Entretanto, Ele NÃO MORA DENTRO dessas pessoas, e elas nem sequer o conhecem, como declarou o Mestre bendito:
"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre, a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós". João 14:16,17.
Aleluia! Nós o conhecemos e Ele habita em nós. Portanto, seu agir nas nossas vidas é muito mais profundo do que naqueles que ainda não são cristãos. Se o Espírito Santo age neles até determinado ponto, você imagina o quanto Ele não vai agir em nós?
Ele veio habitar em nós para cumprir a parte que lhe toca no propósito divino. Quando Paulo escreve a Timóteo, fala do bom depósito em nós (II Tm.1:14); ou seja, há um investimento de Deus em nossas vidas! O propósito de Deus ao enviar o Espírito Santo para habitar em nós foi para que Ele produzisse algo em nossas vidas.
E saiba com certeza que o Espírito Santo não quer permanecer inativo. Habitar em você é parte do trabalho d’Ele, e à medida que você se rende, o agir dele vai tornando-se cada vez mais intenso. O Espírito de Deus está em você para realizar a parte d’Ele no propósito eterno de Deus; veio concluir a obra da redenção, pois esta é a parte que lhe cabe na ação da Trindade.
O PAPEL DO ESPÍRITO SANTO NA REDENÇÃO
O arrependimento começa no homem por uma ação divina. Sabemos disto porque Paulo disse aos romanos que é a bondade de Deus que nos conduz ao arrependimento (Rm.2:4). E quem está por trás disto? É o Espírito Santo; Jesus disse: "quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça, e do juízo"(Jo.16:8).
Após o arrependimento, quando o homem exerce a fé em Jesus e na obra da cruz, é o Espírito Santo quem faz com que isto se torne realidade nele. Por isso se diz que ao nascer de novo, o homem é nascido do Espírito (Jo.3:6). E na carta a Tito lemos acerca do lavar da regeneração do Espírito Santo (Tt.3:5), o que mais uma vez aponta para a atuação do Espírito na aplicação da redenção no homem.
Mas isto é apenas o começo. O reino de Deus tem três etapas básicas pelas quais o homem deve passar: porta, caminho e alvo. A porta é a entrada por meio de Jesus Cristo. O alvo é a chegada à estatura do varão perfeito e à glória celestial. E entre a porta e o alvo, o que restou é o caminho. O Espírito Santo não apenas nos faz passar a porta, mas é quem leva-nos até o alvo, e para isto usa o caminho.
O caminho é o período onde experimentaremos o tratamento de Deus em nós na vida cristã; é o meio pelo qual se vai ao alvo. E tudo isto é responsabilidade do Espírito Santo; é Ele quem nos transforma de glória em glória na imagem do Senhor (II Co.3:18), produz em nós seu fruto (Gl.5:22,23), e leva-nos a andar e viver n’Ele (Gl.5:25).
A Nova Aliança é chamada por Paulo de O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO (II Co.3:8), mostrando-nos seu papel de produzir em nós a obra de Deus. O Espírito Santo veio concluir a obra da redenção; é por isso que Ele está em nós.
E trouxe consigo uma linguagem de oração, para que através desta linguagem possa nos influenciar, uma vez que nossa língua é um meio tão estratégico para isto; pois como disse Tiago: se a língua do homem for controlada, com ela todo o ser da pessoa será também influenciado!
É necessário ressaltar que este toque na língua não é "mágico", precisamos sujeitá-la a cada novo dia. Não é apenas falar em línguas ocasionalmente, ou no dia do batismo no Espírito, mas dia-a-dia, de forma constante e perseverante
Mas o benefício divino desta linguagem está longe de ser apenas este, uma vez que não se trata apenas da língua estar sob controle, mas sim O QUÊ ela fala quando está sob controle do Espírito Santo. É preciso esclarecer que além do toque estratégico justamente na nossa fala, o Espírito nos leva a falar numa linguagem sobrenatural; e é O QUE FALAMOS sobrenaturalmente que produz o que passaremos a tratar nos capítulos seguintes: os benefícios.
Além de sujeitar-se ao Espírito do Senhor, de entrar nos seus domínios através da prática diária da oração em espírito, você também experimentará:
1. Conhecimento por revelação;
2. A edificação da fé;
3. Vitória sobre a carne;
4. Cumprimento da vontade de Deus;
5. Sensibilidade espiritual;
6. Perfeito louvor;
7. Intercessão.
São áreas pertencentes ao ministério do Espírito Santo e que serão trabalhadas mais profundamente em nossas vidas através do uso desta ferramenta. Passemos então a analisar cada um destes benefícios maravilhosos que Deus nos tem oferecido...
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Luciano Subirá é o pastor sênior da Comunidade Evangélica Alcance, em Irati/PR. É também o responsável pela Maná Edições, entidade sem fins lucrativos que visa promover o ministério de ensino ao Corpo de Cristo. Casado com Kelly, tem dois filhos: Israel e Lissa.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
[ 08/03/2005 ]
Coisa alguma que Deus nos dá é sem valor. Nada, absolutamente nada que o Pai tem nos oferecido é em vão; tudo tem proveito e utilidade. Em sua grandiosa graça, Ele nos concede suas dádivas com a finalidade de extrairmos os benefícios.
O falar em línguas não é coisa sem importância. Ele foi dado para o nosso bem, para a nossa edificação. Nesta prática há benefícios que transformam nossas vidas.
A maioria dos crentes que já foram batizados no Espírito Santo e passaram a falar em línguas, ainda não compreendeu o que receberam de Deus. Os conceitos são diversos, mas a grande maioria não vê um propósito no uso contínuo da linguagem sobrenatural de oração do Espírito Santo.
Se quem fala em línguas já não vê um motivo claro para isto, o que esperar daqueles que ainda não falam? Mas quando a igreja começar a enxergar o sublime propósito desta dádiva de Deus, haverá um anseio maior pela manifestação do falar em línguas.
Já é tempo de compreendermos que mediante o uso das línguas podemos enriquecer nossa vida espiritual, edificando-nos a nós mesmos. Há bênçãos e vantagens a serem desfrutadas no uso desta prática. E sei que o apóstolo Paulo não pensava de forma diferente, pois chegou a ponto de declarar: "dou graças ao meu Deus, que falo em línguas mais do que todos vós" (I Co.14:18).
Caso não houvesse proveito algum nas línguas, será que Paulo agradeceria a Deus por isso? Você acha ainda que ele as usaria tanto, como ele enfatiza ao dizer que o fazia mais do que todos os coríntios? E olhe que os corintos falavam mesmo em línguas! Havia um uso intenso nesta igreja, que chegou até mesmo a transformar-se em abuso, que foi um dos motivos que fez com que o apóstolo escrevesse corrigindo-lhes.
Note que ele não disse que falava em línguas mais do que eles no sentido de diversidade, mas a ênfase recai no valor da prática, o que claramente aponta para a quantia de tempo que ele investia nesta atividade. E por que agradecer a Deus por gastar tanto tempo falando em línguas? Está implícito que Paulo descobrira "uma mina de ouro", uma fonte de poder e edificação! Como ele mesmo afirmou:
"O que fala em línguas, edifica-se a si mesmo..." I Coríntios 14:4.
O falar em línguas é um instrumento de edificação. Edificar é construir, fazer crescer, levantar algo. Do ponto de vista espiritual edificação significa crescimento; fala construir algo mais sobre o alicerce da fé em Jesus. O falar em línguas acrescenta em nós, de forma paulatina, tudo o que necessitamos para o nosso andar em Deus.
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
Ao falar da linguagem sobrenatural de oração do Espírito Santo, é preciso que fique bem claro que há "uma sociedade" nesta manifestação. O Espírito Santo não fala em línguas, somos nós que o fazemos; mas por outro lado, não falamos de nós mesmos, somente o que o Espírito do Senhor nos inspira a falar. Se uma das partes desta sociedade faltar, não haverá a manifestação.
Partindo, portanto, deste princípio, tenhamos em mente o momento em que esta manifestação inicia nas nossas vidas: quando recebemos o batismo no Espírito Santo. É exatamente neste momento, quando somos cheios do Espírito e encontramo-nos totalmente rendidos a Ele, sob sua plenitude, que passamos a falar em línguas.
Mas por que ao sermos cheios do Espírito falamos numa linguagem diferente? Qual o valor desta manifestação? Qual é a dimensão da edificação que se dá em nosso íntimo?
O falar em línguas faz parte do propósito de Deus para as nossas vidas. É a ferramenta que o Espírito Santo usa para trabalhar em cada um de nós de forma mais profunda.
O falar em línguas vai produzir em nossas vidas a totalidade do ministério do Espírito Santo. A linguagem sobrenatural de oração é uma ferramenta do Espírito de Deus para realizar em nós sua obra. E há um motivo especial porque o Espírito Santo toca justamente em nossa fala a partir do momento que vem sobre nós.
A fala é um ponto estratégico, e o Espírito Santo não toca exatamente nesta área em vão. Tiago falou sobre o poder da fala:
"Pois todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo.
Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, então conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também os navios que, embora tão grandes e levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro.
Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniquidade, colocada entre os nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno.
Pois toda a espécie tanto de feras, como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gênero humano; mas a língua, nenhum homem a pode domar. É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal." Tiago 3:2-8
A ciência tem descoberto em nossos dias o que há dois milênios atrás o Espírito Santo já havia revelado a seu povo: que o sistema nervoso da fala influencia todo o corpo. Mas além da influência natural, a Bíblia está mostrando que a fala tem também uma influência espiritual; mostrando que quem estará no controle será sempre Deus ou o diabo.
Qual a causa do Espírito Santo controlar justamente esta área tão estratégica de nossa vida ao encher-nos com seu poder? É porque através da fala Ele poderá ampliar seu domínio em nós, e trabalhar com maior eficácia na execução do seu ministério!
O Espírito Santo trabalha nos homens. Desde o Velho Testamento Ele faz isto (Gn.6:3). Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo.16:8). O Espírito Santo está trabalhando neste exato momento, nos quatro cantos da terra, mesmo naqueles que ainda não conhecem a Deus. Entretanto, Ele NÃO MORA DENTRO dessas pessoas, e elas nem sequer o conhecem, como declarou o Mestre bendito:
"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre, a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós". João 14:16,17.
Aleluia! Nós o conhecemos e Ele habita em nós. Portanto, seu agir nas nossas vidas é muito mais profundo do que naqueles que ainda não são cristãos. Se o Espírito Santo age neles até determinado ponto, você imagina o quanto Ele não vai agir em nós?
Ele veio habitar em nós para cumprir a parte que lhe toca no propósito divino. Quando Paulo escreve a Timóteo, fala do bom depósito em nós (II Tm.1:14); ou seja, há um investimento de Deus em nossas vidas! O propósito de Deus ao enviar o Espírito Santo para habitar em nós foi para que Ele produzisse algo em nossas vidas.
E saiba com certeza que o Espírito Santo não quer permanecer inativo. Habitar em você é parte do trabalho d’Ele, e à medida que você se rende, o agir dele vai tornando-se cada vez mais intenso. O Espírito de Deus está em você para realizar a parte d’Ele no propósito eterno de Deus; veio concluir a obra da redenção, pois esta é a parte que lhe cabe na ação da Trindade.
O PAPEL DO ESPÍRITO SANTO NA REDENÇÃO
O arrependimento começa no homem por uma ação divina. Sabemos disto porque Paulo disse aos romanos que é a bondade de Deus que nos conduz ao arrependimento (Rm.2:4). E quem está por trás disto? É o Espírito Santo; Jesus disse: "quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça, e do juízo"(Jo.16:8).
Após o arrependimento, quando o homem exerce a fé em Jesus e na obra da cruz, é o Espírito Santo quem faz com que isto se torne realidade nele. Por isso se diz que ao nascer de novo, o homem é nascido do Espírito (Jo.3:6). E na carta a Tito lemos acerca do lavar da regeneração do Espírito Santo (Tt.3:5), o que mais uma vez aponta para a atuação do Espírito na aplicação da redenção no homem.
Mas isto é apenas o começo. O reino de Deus tem três etapas básicas pelas quais o homem deve passar: porta, caminho e alvo. A porta é a entrada por meio de Jesus Cristo. O alvo é a chegada à estatura do varão perfeito e à glória celestial. E entre a porta e o alvo, o que restou é o caminho. O Espírito Santo não apenas nos faz passar a porta, mas é quem leva-nos até o alvo, e para isto usa o caminho.
O caminho é o período onde experimentaremos o tratamento de Deus em nós na vida cristã; é o meio pelo qual se vai ao alvo. E tudo isto é responsabilidade do Espírito Santo; é Ele quem nos transforma de glória em glória na imagem do Senhor (II Co.3:18), produz em nós seu fruto (Gl.5:22,23), e leva-nos a andar e viver n’Ele (Gl.5:25).
A Nova Aliança é chamada por Paulo de O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO (II Co.3:8), mostrando-nos seu papel de produzir em nós a obra de Deus. O Espírito Santo veio concluir a obra da redenção; é por isso que Ele está em nós.
E trouxe consigo uma linguagem de oração, para que através desta linguagem possa nos influenciar, uma vez que nossa língua é um meio tão estratégico para isto; pois como disse Tiago: se a língua do homem for controlada, com ela todo o ser da pessoa será também influenciado!
É necessário ressaltar que este toque na língua não é "mágico", precisamos sujeitá-la a cada novo dia. Não é apenas falar em línguas ocasionalmente, ou no dia do batismo no Espírito, mas dia-a-dia, de forma constante e perseverante
Mas o benefício divino desta linguagem está longe de ser apenas este, uma vez que não se trata apenas da língua estar sob controle, mas sim O QUÊ ela fala quando está sob controle do Espírito Santo. É preciso esclarecer que além do toque estratégico justamente na nossa fala, o Espírito nos leva a falar numa linguagem sobrenatural; e é O QUE FALAMOS sobrenaturalmente que produz o que passaremos a tratar nos capítulos seguintes: os benefícios.
Além de sujeitar-se ao Espírito do Senhor, de entrar nos seus domínios através da prática diária da oração em espírito, você também experimentará:
1. Conhecimento por revelação;
2. A edificação da fé;
3. Vitória sobre a carne;
4. Cumprimento da vontade de Deus;
5. Sensibilidade espiritual;
6. Perfeito louvor;
7. Intercessão.
São áreas pertencentes ao ministério do Espírito Santo e que serão trabalhadas mais profundamente em nossas vidas através do uso desta ferramenta. Passemos então a analisar cada um destes benefícios maravilhosos que Deus nos tem oferecido...
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Luciano Subirá é o pastor sênior da Comunidade Evangélica Alcance, em Irati/PR. É também o responsável pela Maná Edições, entidade sem fins lucrativos que visa promover o ministério de ensino ao Corpo de Cristo. Casado com Kelly, tem dois filhos: Israel e Lissa.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
[ 08/03/2005 ]
Assinar:
Postagens (Atom)