Eu não me dei conta do plano de Deus para a minha
própria vida até que me tornei um adulto. Quando era
criança, não existia ninguém na minha vida que
pudesse me ensinar a respeito disto.
O Início
Minha mãe era o que eu chamo de uma “alcoólatra
periódica”. Ela morreu no início de seus cinqüenta anos
de cirrose hepática.
Meu pai era filho de pregador e eu só descobri isso
anos depois de responder meu chamado para o
ministério, quando já adulto. Ele acabou enlouquecendo,
passando a maior parte de sua vida entrando e saindo
da cadeia. Quando eu já era maduro o suficiente para
entender, minha mãe me disse que ela o expulsou de
casa em torno dos meus dois anos, porque ele me batia
muito.
Posso me lembrar de esconder meu aviãozinho de
brinquedo embaixo da minha cama. Mamãe tinha
economizado seus centavos do mercado a fim de comprálo
para mim. Quando meu pai chegava perto, eu tinha
que escondê-lo; eu sabia que precisava fazer isso. Ele
O Andar no Espírito – O Andar no Poder
28
sempre me ameaçava, dizendo que atiraria em mim com
uma espingarda cheia de sal, entretanto, não me lembro
muito bem das surras. Quando eu estava crescendo, tive
muitos outros pais temporários que vinham e iam. No
entanto, não sabia muito sobre eles também.
Às vezes, os vizinhos iam à minha casa, buscar a
mim, a meu irmão e às minhas duas irmãs. Eles lavavam
nossos rostos e nos punham no carro para nos levar à
igreja; era óbvio que éramos negligenciados.
Nosso avô, finalmente, nos acolheu. Ele me fez de
“burro de carga” durante os meus anos de colegial – e
quando eu digo “de carga”, quero dizer carga mesmo!
Quando entrei na Marinha dos Estados Unidos, estava
em completa forma. Eu nunca tinha me exercitado nem
feito um abdominal ou flexão em minha vida, no entanto,
venci o campeonato de braço de ferro no meu navio!
Também fui chamado para lutar boxe pela Marinha.
Toda minha força física e treinamento vieram do meu
avô, que me fez trabalhar como um animal na minha
adolescência.
Ele era da época escolar rígida na educação dos
filhos e eu nunca conheci muito sobre o amor de Deus e
nem pude chamar nada de exclusivamente “meu”. Quase
toda chance que meu avô tinha, ele me dizia, “Você
nunca vai ser nada na vida, nunca! Você vai crescer para
ser inútil exatamente como foi o seu pai Roberson”.
Quando eu tinha dezesseis anos, um amigo meu
(que também era filho de pregador) me convenceu a
irmos a uma igreja Pentecostal aos fins de semana, com
o único intuito de encontrar garotas. Após a igreja,
29
saíamos para beber.
Bem, a pregação do pastor não incomodava meu
amigo nem um pouco, mas começou a me afetar. Uma
noite fiquei tão tocado que fui até a casa do pastor depois
que o culto havia terminado.
Bati na porta e quando ele atendeu, eu disse, “Acho
que tem algo errado comigo”.
“Isto é a necessidade de arrependimento”, ele
respondeu. “O que você precisa fazer é aceitar a Jesus
Cristo como seu Salvador pessoal”. Então, falou para
que me ajoelhasse perto da cadeira e me conduziu à
oração do pecador.
Eu deixei a casa do pastor me sentindo leve e feliz e
da outra vez que saí com meus amigos, recusei-me a
beber com eles. Contudo, ninguém da igreja “me seguiu”
para ficar cheio do Espírito Santo ou me ajudou a crescer
na caminhada espiritual. As minhas boas intenções
duraram por volta de duas semanas, e então voltei para
o meu estilo festeiro de vida.
Abandonei o colegial e saí de casa quando tinha
dezessete anos, para nunca mais voltar. Foi então, que
entrei na Marinha. Logo depois que servi a Marinha,
voltei para Deus numa igreja ultra-Santa. Foi lá que
encontrei minha futura esposa, Rosalie.
Essas pessoas santas me disseram que o meu Pai
Celeste estava fazendo o mesmo que o meu pai natural
havia feito comigo – punindo-me por cometer erros. Eles
estavam me ensinando o legalismo, mas eu não
Minha Jornada Pessoal Através da Revelação
O Andar no Espírito – O Andar no Poder
30
entendia isso, então, pensei comigo mesmo, Bem, acho
que perdi um pai como aquele e achei outro igual!
O Pregador Lenhador
No primeiro ano depois que me tornei salvo, tinha
dificuldade de ficar na igreja, mas logo após me casar
com Rosalie, fui batizado no Espírito Santo e nunca
voltei para a minha vida sem Deus novamente. Eu
nunca desejei voltar.
Alguns anos mais tarde, nos mudamos para uma
cidadezinha em Oregon chamada LaPine, onde a única
igreja que havia era uma igrejinha Santa que era muito
mais rígida do que a nossa igreja anterior. Não havia
nenhuma outra igreja ou reunião cristã. Arrumei um
emprego em uma serraria e lá eu pregava!
Todos ao meu redor na serraria viviam em pecado,
mas Deus me fortaleceu a permanecer na fé. O inferno
lançou tudo o que podia sobre mim para que eu me
afastasse de Deus. Mas por causa da mão sustentadora
do Senhor, permaneci.
De vez em quando, um pregador vinha com um
avivamento em nossa região. Quando isto acontecia,
todos os sete homens que puxavam a corrente comigo
na serraria iam ao avivamento, porque eu já tinha feito
um trabalho árduo com eles, tentando persuadi-los a
participar.
31
A Visão
Que Me Impulsionou ao Ministério
Com trinta anos de idade, eu ainda vivia com a
imagem que havia construído no meu interior enquanto
crescia. Eu nunca iria ser nada na vida, e não merecia
nada além de punição.
Eu nasci de novo e tinha uma grande fome e sede
de Deus, e sabia em meu coração que havia sido chamado
para pregar o Evangelho. Mas eu não conseguia ver
como Ele poderia me usar ou até mesmo como iria me
usar. Eu era um menino Santo, perdido na lei.
Mas amava a Deus com todo o meu coração e Ele
tinha misericórdia da minha alma. Ele me deu uma
visão que me lançou em meu ministério integral. Essa
visão não foi algo que experimentei porque eu havia
comido tarde na noite passada; foi real.
Jamais esquecerei isso. Nós havíamos nos mudado
algumas vezes e estávamos morando em uma
cidadezinha chamada Oakridge, onde continuei
trabalhando na serraria local. Numa manhã bem cedo,
acordei na Presença de Deus. Abri meus olhos,
esperando ver o meu quarto como de costume. Ao invés
disto, vi um grande auditório. Havia várias cadeiras de
rodas na plataforma e eu estava há três fileiras, à
esquerda.
Um pastor auxiliar estava conduzindo a adoração.
Algo era eletrizante naquela reunião e de alguma
maneira eu sabia que era a minha reunião.
Minha Jornada Pessoal Através da Revelação
O Andar no Espírito – O Andar no Poder
32
O pastor auxiliar voltou ao púlpito depois que o
louvor e a adoração haviam acabado e disse, “Agora o
nosso evangelista...” enquanto falava, ele olhou
diretamente para mim. Eu tinha a minha Bíblia aberta
– aliás, estava em Judas 20 e 21, a passagem que mais
tarde iria lançar nosso ministério!
Vós, porém, amados, edificando-vos na
vossa fé santíssima, orando no Espírito
Santo,
Guardai-vos no amor de Deus, esperando
a misericórdia de nosso Senhor Jesus
Cristo, para a vida eterna.
– Judas 20, 21
Mas, quando comecei a me levantar, o pastor
auxiliar virou-se e apontou para a cortina do palco. Uma
mulher loira surgiu na plataforma. Era óbvio que ela
estava cheia do amor de Deus, e a unção – o poder do
Espírito Santo – fluía dela como mel. Era tão espesso e
doce, que quase podia ser cortado! Eu me afundei na
cadeira desacreditado, pois sabia que aquela deveria
ser a minha reunião.
A mulher pegou o microfone e ministrou a graça de
Deus lindamente. Então, o poder de Deus desceu e todos
se levantaram de suas cadeiras de rodas. O altar ficou
repleto de pessoas confessando Jesus como Salvador e o
culto inteiro foi cheio de poder e unção.
Quando tudo acabou, o resto da multidão
desapareceu; apenas eu e essa mulher estávamos no
auditório. Então ela olhou diretamente para mim e disse,
“Eu não sei porque Deus me deu este tipo de ministério;
algum de vocês homens deve ter falhado”.
33
Saí da visão tremendo, acordei Rosalie e contei tudo
o que havia testemunhado na visão. Decidi que não
poderia mais viver do jeito que eu estava vivendo –
dividido entre o meu chamado para pregar e os meus
profundos sentimentos indignos. Dentro de mim eu
estava sendo fortemente derrotado.
Eu disse à minha mulher, “Eu tenho que atender
ao meu chamado para o ministério – afundar, nadar ou
afogar. Se nós comermos feijão, dormirmos embaixo da
árvore, ou vestirmos as crianças com roupas de saco,
você ainda vai comigo?”.
Rosalie disse que sim. Então, juntos naquela
manhã, ela e eu decidimos ir, não importa o que
acontecesse, nós seguiríamos a Deus. Duas semanas
mais tarde, pedi demissão do meu emprego para dar
tempo integral ao ministério.
O Quarto de Oração
Tendo saído do meu emprego na serraria, eu não
sabia o que fazer com o meu tempo. Então, pensei sobre
a igrejinha que eu e Rosalie tínhamos começado há
apenas alguns meses. (Embora eu houvesse começado
a igreja, eu pedia a um ministro de uma outra cidade
que viesse toda semana para pregar. Naquela época, eu
ainda não tinha coragem para fazê-lo).
Os cultos eram realizados numa construção antiga
de um local para boliche. Eu tinha separado
recentemente um cômodo de 2 x 2 m² com divisórias, o
qual já tinha sido uma cantina, transformando-o, assim,
Minha Jornada Pessoal Através da Revelação
O Andar no Espírito – O Andar no Poder
34
em um minúsculo berçário. Decidi que iria usar aquele
quartinho como meu “quarto de oração”. Então, pensei
que, de alguma maneira, se orasse a mesma quantidade
de horas que normalmente trabalhava, Deus iria me
“pagar”, suprindo as nossas necessidades.
Eu não imaginava o quão difícil seria cumprir
minha decisão de orar oito horas por dia. Naquela
primeira manhã, eu entrei no quarto, fechei a porta,
ajoelhei-me e comecei a orar em inglês: “Oh, Deus, agora
eu estou tempo integral no ministério. Oh, Deus,
mantenha nossa despensa cheia. Não permita que
nossos filhos passem fome. Use minha vida, Deus, por
favor, use-me!” (Passei muito tempo implorando a Deus.
Eu era apenas um menino “Santo” que ainda não havia
aprendido quase nada sobre a fé).
Eu orei por tudo o que pude pensar: Por todos os
missionários ao redor do mundo que eu conhecia, e até
mesmo passei um tempo amaldiçoando as baratas no
quarto, ordenando que elas morressem em Nome de
Jesus. Mas apesar de todo o meu esforço, esgotei as
súplicas de oração em apenas quinze minutos.
Então, apenas para sobreviver às longas horas que
viriam pela frente, às quais me comprometi a orar,
comecei a orar em línguas. Eu não comecei a orar em
línguas por saber que era algo bom a fazer, mas a
verdade é que eu nem sabia se era biblicamente correto!
Algumas pessoas “santas” haviam me dito que eu não
poderia orar em línguas quando quisesse, embora tenha
ouvido de outras que eu poderia, sim, usar as línguas
como linguagem de oração.
35
Eu não tinha certeza de qual pensamento estava
certo e tudo o que sabia é que tinha que ficar naquele
quarto porque havia me demitido do meu emprego.
Comecei a orar em línguas naquele primeiro dia,
naquele quarto, apenas para matar as horas.
Finalmente, a sirene da serraria tocou às dez horas.
Era hora do intervalo! Corri até ao café, comi algumas
roscas, e voltei rápido para o meu quarto de oração. Na
minha cabeça, eu tinha que estar em posição para oração
em quinze minutos – na mesma hora em que os
trabalhadores da serraria recomeçavam seus trabalhos.
Continuei orando em línguas. Orei o que pareciam
várias horas, mas ainda nem era meio-dia!
Então, o apito da sirene da serraria me trouxe de
volta à realidade do trabalho diário dos meus amigos e
da escolha radical que eu tinha feito para mim mesmo.
Era o intervalo do almoço para os trabalhadores da
serraria e a escuridão do quarto parecia me fechar.
Os meus antigos amigos de trabalho haviam
passado aquelas últimas quatro horas à luz do Sol,
cortando e acertando as madeiras que seriam
transportadas para o mundo todo. Ao som da sirene,
todos levavam suas marmitas e sentavam nos bancos
para comer, relaxavam e contavam piadas. Eu sabia o
que os homens estavam fazendo, mas eu não estava com
eles. Será que eu realmente acreditava em Deus? Será
que isto realmente funcionaria? Eu tinha de acreditar
que sim.
Minha Jornada Pessoal Através da Revelação
O Andar no Espírito – O Andar no Poder
36
Memórias da Busca por Respostas
A minha mente voltou ao culto daquela noite na
igreja Pentecostal onde ouvi, pela primeira vez, com uma
mistura de apreensão e entusiasmo, a revelação do
batismo no Espírito Santo e o dom das línguas que
acompanha essa experiência. Rosalie e eu discutimos o
que havíamos ouvido quando voltávamos para casa,
enquanto nossos três filhinhos dormiam juntos no banco
de trás do nosso Fusca.
Ela havia recebido o batismo do Espírito Santo no
fim de sua adolescência. Eu comecei a imaginar se esta
experiência poderia ser a resposta para minha vida de
frustração e arrependimento contínuo dos pecados dos
quais eu não conseguia me livrar.
Parecia que para muitos cristãos a transformação
ocorria imediatamente após nascerem de novo. Era isto
verdade? E se fosse, por que parecia ser tão difícil a
minha mudança? Poderia uma linguagem de oração,
feita através de mim pelo Espírito Santo, ser a resposta
que eu precisava para ultrapassar aquela linha invisível
e verdadeiramente me tornar um vencedor?
Logo voltei para casa a fim de me juntar à minha
mulher e a meus meninos, após o desagradável fim de
tarde daquela batalha que havia resultado numa falha
espiritual e pessoal.
O olhar de decepção no rosto de Rosalie era o
suficiente para desistir da influência insignificante dos
poucos drinques que eu havia tomado com o pessoal.
Um forte senso de arrependimento surgiu no meu inte37
rior e eu estava pronto para entrar em desespero e
autocompaixão. Rosalie pôs as crianças na cama
enquanto eu estava sentado na cozinha, cabisbaixo de
vergonha e remorso. Então, ela veio até mim e
silenciosamente pegou minhas mãos, como se estivesse
dizendo que estava comigo nesta batalha.
Daquela noite em diante, Rosalie e eu começamos
a orar juntos com mais freqüência, e o meu desejo de
conhecer sobre o batismo no Espírito Santo continuou
a crescer. Freqüentemente, falávamos sobre este dom.
Eu estava muito faminto por realmente conhecer Deus,
muito faminto pelas respostas para minhas inúmeras
perguntas.
Nestas alturas entendi Hebreus 11:6:
De fato, sem fé é impossível agradar a
Deus, porquanto é necessário que aquele
que se aproxima de Deus creia que ele existe
e que se torna galardoador dos que o buscam.
Poderia ser esta oração no Espírito uma parte do
que é buscar a Deus?
Quando me ajoelhei naquele quarto orando em
línguas, a resposta para aquela pergunta parecia a mais
importante de todas. Voltei do meu mundo de
lembranças, pensando, O que estou fazendo neste
quartinho, quando pela lógica deveria estar usando as
minhas oito horas na serraria local? Eu estava louco,
ou havia começado uma verdadeira aventura nas
profundas águas de Deus?
Minha Jornada Pessoal Através da Revelação
O Andar no Espírito – O Andar no Poder
38
‘Usando Meu Tempo’ Com Deus
As respostas para estas perguntas ainda estavam
no futuro quando comecei neste primeiro dia a orar no
quarto – usando meu tempo com Deus. Minha mente
rodopiava com perguntas, dúvidas e ansiedade
enquanto eu orava no Espírito. Poderia um homem
realmente “ir mais profundamente em Deus”
deliberadamente – simplesmente porque ele quer?
Aquelas horas no quarto eram longas! Eu orava em
línguas, o que parecia uma hora, e então olhava no meu
relógio: “Oh, não, só se passaram cinco minutos!”. Então,
começava a orar de novo.
Nos meses seguintes eu me vi obediente ao meu
quarto, assim como antes tinha que obedecer ao meu
emprego na serraria. Quando a sirene sinalizava o
começo do trabalho diário, eu estava sempre em posição,
ajoelhado, pronto para orar.
Todos os dias as horas pareciam se arrastar, mas eu
continuava firme. Eu decorei cada descoloração do
carpete e da parede. Familiarizei-me tão bem com
aquele quarto de oração, que, até hoje, posso pegar um
lápis e papel e desenhar cada detalhe, minuciosamente.
Eu me sentia como em uma prisão.
Do meu quarto podia sentir o cheiro da madeira
queimando, quando os serrotes cortavam as altas
árvores. Podia imaginar meus amigos enterrando suas
colheres nos caldeirões cheios de comida até a boca ou
bebericando suas xícaras de café bem quente.
39
Eu estava particularmente tendo um dia
“daqueles”. Por que saí do meu emprego para fazer isso?
O que esta suposta linguagem sobrenatural fez por mim
até agora?
O meu homem espiritual se manifestou e disse a
Palavra para as minhas emoções inconstantes: “Deus é
um galardoador daqueles que o buscam diligentemente”
(Hb. 11:6). Então, na minha mente passaram contínuas
imagens das minhas falhas aparentemente sem fim. Eu
me achei engasgado com as emoções que aquelas
lembranças me trouxeram. “Oh Deus”, eu clamei, “que
esta palavra seja verdadeira!” Gradualmente a paz
começou a acalmar minha mente turbulenta.
Deus não havia me dito para desistir do meu
emprego e orar no Espírito por oito horas todos os dias.
Foi uma decisão que eu tomei em um momento de
desespero. Eu queria mais de Deus, mas não estava certo
de como conseguir.
Por ler a Palavra, aprendi que a minha linguagem
de oração me foi dada para a minha edificação e que eu
podia orar mistérios, mas eu não havia tido o
entendimento do que realmente aquelas verdades
queriam dizer. Mesmo assim, estava determinado que,
se fosse possível edificar-me por orar em línguas até que
a minha mente fosse capaz de receber mistérios divinos,
era isto o que iria fazer.
Uma Pausa Bem Vinda
Então, continuei orando, hora após lenta hora, dia
Minha Jornada Pessoal Através da Revelação
O Andar no Espírito – O Andar no Poder
40
após longo dia. Aproximadamente dois meses se
passaram de modo muito devagar. Então, uma mulher
que eu havia conhecido no estudo Carismático da
Bíblia, soube a respeito do que eu estava fazendo. Ela
veio para a igreja um dia e bateu na porta do meu
quarto.
“Irmão Roberson”, ela me chamou, “Soube que você
tem orado todas estas horas e dias”.
“Sim, senhora”.
“Eu quero saber”, ela disse, “você pode ver qualquer
diferença?”.
“Como assim? Diferença no meu andar com Deus
ou o quê?” perguntei.
“Não, só quero saber se você pode ver alguma
diferença”.
“Na realidade, eu posso”, respondi.
“Você se importaria em compartilhar comigo?”.
“De maneira alguma”, eu disse, “minha língua está
cansada, minha garganta está seca e o meu queixo
doendo”.
Ela replicou nervosa, “Com licença, tenho que ir”.
E este foi o fim daquela conversa!
Outro mês se passou vagarosamente. Já fazia três
meses que eu estava trancado orando e aquela mesma
41
mulher voltou e bateu na porta do quarto.
“Irmão Roberson”, ela disse, “você conhece a igreja
que eu freqüento”.
“Sim, senhora, conheço”, falei.
“Você sabe que eles não acreditam em oração em
línguas”.
“Sim, eu sei disto”.
“Bem, haverá neste fim de semana, um encontro
na minha igreja, com testemunhos, no qual pessoas de
vários estados se reunirão para contar as boas obras que
Deus fez por elas. Você gostaria de vir?”.
Eu pensei, Pode ter certeza que estarei lá! Eu usaria
qualquer desculpa para sair deste quarto! Eu disse a
ela, “Nos vemos lá!”.
Corri para casa, troquei de roupa e fui rapidamente
para a casa onde as pessoas estavam fazendo um estudo
matutino da Bíblia. Cheguei atrasado para o encontro,
por isso, eu não sabia que a senhora sentada ao meu
lado tinha entrado usando uma bengala, que havia sido
posta em um canto por alguém. Eu não tinha idéia de
que a mulher era manca de uma perna.
Sentei-me lá, esperando que o pregador começasse
a sua mensagem. Eu estava muito entusiasmado, pois
já fazia três meses que eu estava trancado no meu quarto
de oração. Agora eu não só estava com outras pessoas,
mas também iria ouvir uma mensagem ao vivo,
Minha Jornada Pessoal Através da Revelação
O Andar no Espírito – O Andar no Poder
42
ensinada por uma pessoa de verdade! Mal podia esperar.
Finalmente, o homem se levantou para falar,
segurando uma enorme pilha de anotações (se suas
anotações estivessem num rolo, poderiam se desenrolar
até o fundo da casa!). Não demorou muito para ele pôr
um novo significado para não ser cheio com o Espírito
Santo.
Com uma linguagem rebuscada e uma voz
antipática e monótona, o homem discursou sobre “Jesus,
o Mensageiro Celestial”, “as águas turbulentas da
humanidade” e o “D-E-U-S Onipotente”. Sentado na
minha cadeira, pensava, O que estou fazendo aqui? Isso
é horrível! Preferiria voltar para o meu quarto de oração!
Deus Aparece Inesperadamente
Minha mente divagou várias vezes durante aquele
encontro. Eu não sabia o que fazer comigo mesmo e,
para me entreter, comecei a chacoalhar minha xícara
de café para ver os anéis que se faziam em ondas até o
canto da xícara.
Em meio a muito tédio, olhei para a senhora sentada
ao meu lado. Não tinha idéia de que qualquer coisa
estava para acontecer. Não senti nenhuma unção. Não
senti nada! Mas quando olhei para essa mulher, de
repente vi suspender-se entre mim e ela o que parecia
ser um raio X da cavidade do quadril de alguém. A
cavidade tinha uma substância escura em volta da
cabeça do fêmur, estendendo-se de oito a nove
centímetros para baixo, na perna.
43
Quase derrubei minha xícara em espanto! Pisquei,
mas a figura do raio X permanecia diante dos meus
olhos. Olhei ao redor para ver se alguém mais podia ver
o que eu estava vendo. Aparentemente, ninguém podia.
Enquanto eu estava sentado lá, olhando aquele raio
X, comecei a orar, oh, Deus, oh, Deus – o que é isto? Você
quer que eu ore para esta mulher? O que você quer que
eu faça? Deus permaneceu completamente quieto.
(Mais tarde, quando estava compartilhando este
testemunho num culto, o Senhor falou para o meu
espírito, dizendo, “Filho, você quer saber o porquê de eu
não ter falado com você naquela hora – por que Eu deixei
você ir adiante e atrapalhar aquele culto? Se Eu não
estava ouvindo aquele homem ensinar, por que deveria
fazer você ouvir?” Aquilo já foi uma revelação!).
Então me inclinei sobre aquela senhora, e disse, “A
senhora tem um problema no seu quadril!”. Ela virou e
me analisou por bastante tempo.
De repente a palavra “artrite” simplesmente
escapou do meu espírito. Sem pensar, eu disse, “É artrite
no seu quadril, do lado direito!”.
Ela me analisou por mais um momento e então
disse, “É o que o médico me disse, meu jovem”.
Exclamei, “Glória a Deus!”.
“O quê?”, ela disse espantada.
“Bem, quero dizer, Deus quer curá-la. Posso orar pela
senhora?”.
Minha Jornada Pessoal Através da Revelação
O Andar no Espírito – O Andar no Poder
44
Aquela senhora simplesmente continuou me
analisando. Agora, lembre-se de que esta igreja não
acreditava na oração em línguas. Então, para aquela
mulher, meu pedido queria dizer que em algum
momento durante o meu dia eu iria abaixar a minha
cabeça e lembrar dela em oração.
Mas isso não era o que a oração significava para
mim. Eu era um Pentecostal que pulava no banco,
saltava da cadeira e berrava! Acreditava que, quanto
mais eu berrasse, mais poder eu geraria!
Finalmente, aquela senhora respondeu, “Sim, você
pode orar por mim”. Assim que ela disse aquilo, saltei
da minha cadeira, ajoelhei-me em sua frente, segurei
os dois tornozelos e os puxei em minha direção.
(Enquanto isso, aquele orador eloqüente ainda estava
“discursando”!) Então, olhei para os pés dela e pensei,
Xiii! Uma perna era quinze centímetros mais curta que
a outra!
Meu Deus, isso é horrível! Eu nunca vi o tipo de
milagre que esta mulher precisa! Eu estava com tanto
medo de olhar, que fechei meus olhos, gritei, “em Nome
de Jesus...!” e comecei a orar a mais poderosa, árdua e
mais Santa oração que pude pensar.
Testemunhas daquela cena me contaram que,
depois daquela extraordinária primeira vez que
mencionei aquele Nome poderoso, a perna menor
daquela mulher estalou e mexeu; ela repentinamente
cresceu até se igualar à outra perna!
A mulher foi instantaneamente curada – mas eu
45
não sabia disto! Meus olhos ainda estavam fechados e
eu ainda estava orando a minha mais poderosa oração.
Quase arranquei aquela senhora de sua cadeira,
derrubando-a no chão, caso as pessoas ao redor não me
tivessem feito soltar seus tornozelos!
Mas Deus não precisava da minha ajuda. Ele fez
aquela perna crescer sem que eu me desse conta!
Quando eu finalmente abri meus olhos e vi o milagre,
estava tão chocado quanto todos ao me redor!
Quando comecei a orar por aquela mulher, o homem
que estava falando pediu ao seu auxiliar,
silenciosamente, “Vá pegar aquele cara e dê um jeito
nele!”. (Eu na verdade não o culpo; eu estava destruindo
seu culto com minha oração, aos berros!).
O auxiliar se dirigiu àquela confusão e, de acordo
com os que testemunharam a cena, ele chegou a tempo
de ver o milagre. Ele estava prestes a me expulsar dali
quando viu a perna da mulher crescer quinze
centímetros.
Então, ao invés de interromper a confusão, este
homem ficou emudecido de admiração. Ele nunca tinha
visto um milagre antes. Ele nem ao menos falava em
línguas! Em termos sobrenaturais este homem não
acreditava em absolutamente nada. Ao ver aquele
milagre, ele ficou sem palavras. Veja como o tempo de
Deus é perfeito!
Então, o orador, com sua linguagem rebuscada,
terminou sua mensagem com a pergunta, “Qual foi o
acontecimento mais maravilhoso que pôde ser atribuído
Minha Jornada Pessoal Através da Revelação
O Andar no Espírito – O Andar no Poder
46
como algo vindo de Deus em sua vida?”. Enquanto todos
estavam imaginando o que aquilo significava, o auxiliar
respondeu a questão do homem apontando para a
senhora que havia sido curada e, afobado, disse, “Aqui!”
A cura desta senhora foi, com certeza, o acontecimento
mais maravilhoso que ele já havia visto!
Após este culto, o pregador veio até aquela senhora
e tentou dizer-lhe, “Senhora, Deus não faz milagres
nestes tempos de hoje”.
Mas aquela senhora replicou, “Você quer apostar,
filhinho? Você quer apostar?”. Então ela agarrou sua
muleta e começou a andar ao redor da sala. Ela
balançava a muleta para frente e para trás para impedir
que alguém chegasse mais perto dela, enquanto
mostrava a eles o quão bem o seu quadril curado estava
funcionando.
Quando o culto acabou, toda a congregação
participou de um banquete especial na igreja. Por
alguma razão, eles não me convidaram (eu imagino o
porquê!). Mas Deus não precisava que eu fosse
convidado para que Seus propósitos fossem cumpridos
– entretanto, aquela senhora foi convidada!
Antes que as pessoas encarregadas pudessem fazer
alguma coisa, aquela senhora pulou e deu o seu
testemunho no banquete. Depois de terminar, ela gritou,
“E o que Deus fez por mim, Ele fará por vocês!”. O lugar
foi à loucura com tal entusiasmo.
Mais tarde, uma mulher que estava participando
do banquete procurou por aquela senhora. Esta mulher
47
havia sofrido um acidente de carro e agora não podia
abaixar-se. “Você acha que Deus poderia me curar?”, ela
perguntou.
A senhora replicou, “Acho que sim. Vamos chamar
aquele homem que orou por mim”. Naquele momento
eu já tinha ido para casa, trocado de roupa e estava
ocupado trabalhando no quintal. O telefone tocou; era
a senhora que havia acabado de receber o milagre. Ela
me explicou a respeito da condição da outra mulher e
me perguntou se elas poderiam vir até a minha casa
para que eu orasse por ela.
Eu iria dizer, “Você pode trazê-la e a qualquer outra
pessoa que você quiser!” (Eu ainda estava perdido no
Espírito Santo.) Mas então o Espírito Santo falou no meu
espírito, bem alto: “Vá até o auditório principal da
igreja”. E eu disse à mulher: “Encontro você e sua amiga
na igreja”.
Houve um silêncio do outro lado da linha. Depois
de um tempo, eu ouvi as duas mulheres cochichando e
a senhora me disse, “Tudo bem, nós o encontraremos
na frente da igreja”.
Quando eu cheguei na igreja, as duas mulheres
vieram ao meu encontro e tentaram me levar para um
quarto no porão da igreja, longe de todo mundo. Mas eu
continuei falando o que o Espírito Santo estava dizendo
no meu espírito: “O auditório principal. Nós temos que
ir ao auditório principal”.
Finalmente, aquelas senhoras concordaram e me
levaram ao auditório principal, onde as pessoas ainda
Minha Jornada Pessoal Através da Revelação
O Andar no Espírito – O Andar no Poder
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estavam reunidas em círculos, confraternizando-se.
Eu fiquei lá, olhando para aquelas pessoas. Eu não
sabia o que fazer. Eu só estava lá porque estava
obedecendo ao Espírito Santo. O auxiliar que havia
testemunhado o milagre disse, “Bem, eu acho que este
homem quer dizer alguma coisa”.
Eu pensei, eu quero? Eu nunca havia pregado antes
e estava com medo. Todos olhavam para mim com
cordialidade. Timidamente, eu comecei a dar o
testemunho daquela senhora. De repente, o Espírito
Santo veio sobre mim e eu estava envolvido na
maravilhosa, poderosa Presença de Deus. O dom da fé
veio sobre mim (embora, naquela época, eu não
entendesse isso) e me ouvi dizendo coisas que eram
muito boas, sabia que não podia ser eu pregando; não
era tão esperto. Eu queria sair do meu corpo e fazer
anotações!
Então, enquanto o dom da fé ainda estava em
operação, eu olhei para um jovem. Quando eu estava
indo até ele, a região do seu ombro se tornou
transparente como um raio X e no Espírito eu vi a junta
do ombro e o problema que havia lá. O jovem só podia
levantar um pouco o braço.
Eu disse a ele, “O seu ombro será curado!”. Quanto
mais eu me aproximava, mais horrorizado ele ficava.
Seus olhos ficaram arregalados e ele foi indo para trás o
quanto pode. Mas não adiantou – eu corri até ele e o
agarrei pelo pulso. Eu disse, “Em Nome de Jesus!” e
alinhei seu braço, puxando-o para cima.
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O jovem berrou enquanto o seu braço se levantava
– depois olhou para mim com admiração e disse, “Não
doeu!”.
“Você pode apostar que não doeu!”, eu respondi.
Veja, o dom da fé estava sobre mim. Eu tinha a mente
de Deus. Eu estava agindo com a fé de Deus, que havia
deslocado aquele ombro congelado.
Mais tarde, naquela noite, quando o dom da fé não
estava mais em operação, eu deitei na cama, pensando,
Roberson, você é tão idiota! E se você tivesse quebrado o
braço daquele homem? Eu não sabia, naquela época, que
quando o dom da fé está em operação, uma pessoa pensa
como Deus pensa e ela pode fazer coisas que
simplesmente não fazem sentido no âmbito natural.
Então, a mulher que não podia abaixar as costas
correu até mim. Aquela mesma fé sobrenatural ainda
estava sobre mim. Eu pus a mão na sua nuca e abaixeia
até que ela pudesse tocar os dedos dos pés. Ela foi
instantaneamente curada pelo poder de Deus.
Os milagres continuaram. Finalmente os anciãos
vieram de todos os cantos da igreja e disseram, “Nós
vamos acabar com isto! Este homem está causando
confusão. Nós não vamos aceitar isto!”.
Mas antes que eles pudessem fazer alguma coisa,
eu gritei, “Alguém quer o que eu tenho?”. Imediatamente
todos os jovens correram até mim e eu comecei a orar
por eles. Eles todos começaram a ser cheios com o
Espírito Santo, começaram a falar em línguas e cair no
poder de Deus. Os adultos não sabiam o que estava
Minha Jornada Pessoal Através da Revelação
O Andar no Espírito – O Andar no Poder
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acontecendo! Eles foram atrás dos jovens para checar
seus pulsos, perguntando-lhes, “Vocês estão bem?” (A
maioria destes jovens ainda está servindo a Deus hoje;
alguns se formaram na Escola Bíblica).
Pessoas estavam orando em línguas por todo o
auditório e os anciãos estavam furiosos. Enquanto eles
tentavam ter tudo sob controle, eu saí discretamente
por uma portinha ao lado. Eu estava tão perdido no
Espírito, que nem sabia onde estava. Eu mal podia
andar. Cambaleei pela calçada até que encontrei um
pilar de ferro que sustentava a igreja. Encostei-me nele
e chorei como um bebê.
Deus havia acabado de me usar! Pelos meus
princípios a minha mente não podia compreender o fato
de que o Deus do universo – Aquele que todas as pessoas
ultra-Santas tinham me dito que sentenciava com tanta
punição – poderia ocupar o mesmo lugar comigo e
operar um milagre através de mim.
Eu não posso explicar como me senti. Veja, eu
conhecia as minhas falhas, conhecia o meu eu
verdadeiro. Pensar que Deus estava operando comigo e
através de mim para estabelecer Seu Reino aqui na
Terra era mais do que eu podia compreender.
Por que Ele usaria alguém como eu? Durante todos
os anos depois de nascer de novo e ser cheio do Espírito
Santo, eu sempre soube que tinha um chamado de Deus
para a minha vida. E sempre tive muita fome de
conhecê-Lo pelo Seu poder. Mas ninguém podia me dizer
como andar no poder de Deus propositalmente –
ninguém! Eles apenas podiam me dar uma idéia geral
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que não satisfazia aquela profunda fome.
Desvendando uma Lei Espiritual – Por Acaso!
Então, quando me encostei naquele pilar, de repente
uma profecia começou a fluir e eu recebi a revelação
que o meu coração vinha buscando por muito tempo.
Eu não sabia o suficiente para professar o que eu ouvi
no meu espírito.
O Espírito Santo me disse, “Filho, esta unção não
veio repentinamente sobre você porque estava
predestinada para esta reunião desde a fundação do
mundo. Ela não veio sobre você por causa do seu
chamado evangelístico. Quisera eu que todos os Meus
evangelistas andassem no Meu poder.
Esta unção não veio sobre você por causa do seu
chamado, sua crença, sua cor ou sua nação. Ela veio
sobre você porque você desvendou uma lei espiritual:
Orar em outras línguas para sua edificação pessoal.
Esta lei carrega com ela uma garantia imutável para
edificar você na fé santíssima no seu espírito – a parte
de você de onde vem a fé.
Você encontrou algo que pode ser feito
propositalmente para edificar você – o quanto quiser, o
tempo que quiser e quando quiser. Através da oração
no Espírito Santo, você pode se edificar acima de uma
caminhada onde seus sentidos físicos bloqueiam e
convencem você de que a Palavra de Deus não é a
verdade, para uma caminhada vibrante, cheia do
Espírito e livre no Espírito Santo.”
Minha Jornada Pessoal Através da Revelação
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O Andar no Espírito – O Andar no Poder
Depois de estar tão faminto pelo poder de Deus por
tanto tempo, eu acidentalmente desvendei uma das
chaves mais importantes para crescer na fé, pisar no
diabo e mover montes – orando em línguas para
edificação pessoal. E você acha que depois de encontrar
tal chave para destravar mistérios divinos, alguém
poderia me tirar do meu quarto de oração? Não mesmo!
Eu ainda tinha que descobrir um plano divino para
minha vida!
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